Diabetes
Glicose, Insulina e Diabetes
Glicose, Insulina e Diabetes
Todas as células do nosso corpo precisam de energia para realizar todas as suas funções, certo?
Se a gente estiver falando de um neurônio, ele precisa de energia para se ligar e passar informações para os outros neurônios.
Se a gente estiver falando de uma célula muscular, ela precisa de energia para se contrair e fazer todas as suas funções básicas de célula.
E como essas células conseguem essa energia que elas precisam?
Elas conseguem a energia retirando da glicose.
A glicose é um açúcar, um açúcar simples.
Se você provar, colocar na língua a glicose, você vai sentir um gostinho doce.
E a glicose é distribuída para as células do nosso corpo através da corrente sanguínea.
Então, o que eu fiz aqui, o que desenhei em vermelho, é a nossa corrente sanguínea.
E digamos que ela está correndo nessa direção aqui.
Dentro da corrente sanguínea, eu vou colocar moléculas de glicose, aqui representadas em verde, em todo lugar.
Então, em uma situação ideal, quando uma célula precisa de energia, a glicose vai, simplesmente, entrar nessa célula.
Mas, infelizmente, as coisas não são tão simples assim na grande maioria das células do nosso corpo.
A glicose não vai simplesmente entrar sozinha nas células.
Então, vamos tirar daqui essa flechinha.
A nossa glicose vai precisar da ajuda de uma molécula, de um hormônio chamado “insulina“.
Então, antes de continuar, vamos nomear algumas coisas.
Em verdade, aqui, a gente tem a nossa glicose.
Então, aqui, essas moléculas que eu estou desenhando aqui em rosa vão representar as insulinas.
Então aqui: insulina.
E, na superfície das células, a gente vai ter receptores de insulina (eu estou desenhando, aqui, umas versões bem simplificadas dos receptores de insulina), que vai ser um lugarzinho onde essas moléculas rosinhas vão se ligar, podem se ligar nesses receptores.
Então, funciona mais ou menos assim: para que a glicose entre, seja absorvida pela célula, a insulina tem que se ligar aos receptores para abrir os canais de glicose.
Então, a insulina veio e se ligou aos receptores, aqui.
Uma vez que isso acontece, a glicose pode ser absorvida pela célula, pois os canais de glicose foram abertos.
Mas nem sempre as coisas saem como foram planejadas, não é verdade?
Então, vamos desenhar alguns cenários, algumas situações que podem acontecer aqui.
Novamente, eu vou desenhar essa nossa versão simplificada da célula.
É a nossa celulazinha.
Vamos colocar aqui a corrente sanguínea passando pela célula.
Vamos colocar a glicose, toda linda aqui de verdinho.
E, por último, os receptores da insulina aqui na superfície da célula.
O que será que vai acontecer quando não tivermos insulina aqui?
A insulina é produzida pelo nosso pâncreas.
Então, se o pâncreas não estiver funcionando bem, ou não estiver simplesmente produzindo a insulina, a gente tem esse caso, que é o sem insulina.
Bom, sem insulina, não vai ter nada que vá se ligar aos receptores de insulina, os canais da glicose não vão se abrir, então, a glicose simplesmente não vai conseguir entrar, não vai conseguir ser absorvida pela célula.
Temos esse caso: quando nós temos essa situação, a gente tem o que a gente chama de diabetes tipo 1.
Essa é a diabetes tipo 1: não temos insulina para que ela se ligue aos receptores e abra os canais para a glicose.
O segundo problema, a segunda situação, que a gente pode ter aqui é a seguinte… vamos, primeiro, desenhar nosso cenário aqui, desenhar a nossa célula, colocar aqui nossa corrente sanguínea.
É claro que isso aqui é uma versão bem simplificada, afinal, isso aqui é uma dentre as trilhões de células do nosso corpo.
Sabia que a estimativa é que nós tenhamos entre 10 e 100 trilhões de células?
Bastante, né?
Então, vamos continuar desenhando.
Vamos colocar, aqui, nossa glicose.
Vamos colocar o receptor da nossa insulina e vamos até colocar insulina.
O pâncreas está produzindo insulina.
Temos insulina, aqui.
Então, qual é o problema que vai acontecer?
O problema é que esses receptores não estão sensíveis, eles não estão sendo ativados direito pela insulina.
Então, vamos colocar aqui que nós temos receptores insensíveis (vou colocar aqui o “n” direitinho).
E, esses receptores insensíveis, significa que a insulina tem dificuldade de se ligar aqui aos nossos receptores.
Esse caso aqui é o que a gente chama de diabetes tipo 2.
O que a gente pode fazer para amenizar qualquer uma dessas duas situações?
Se a gente estiver falando da diabetes tipo 1, uma das maneiras que a gente tem de abordar a situação é: se a gente não tem insulina, se insulina é o que está faltando, a gente simplesmente pode pegar e injetar insulina no sangue.
Então, injetando insulina, tudo está funcionando de forma perfeita.
Nós temos os receptores e eles funcionam, só não tem a insulina. Injetando insulina, a gente pode “normalizar” essa situação (normalizar entre aspas, né?).
Pronto, temos agora todos os mecanismos para que a gente possa absorver e processar essa glicose.
Já na diabetes tipo 2, temos várias vertentes, várias maneiras de atacar o problema.
Uma delas é se a gente pegar e tomar algum medicamento que ajude a reparar essa falta de sensibilidade, que ajude a ganhar sensibilidade nessa ligação aqui.
Uma outra maneira é tentar mudar os seus hábitos de vida para tentar ajudar o seu corpo a ficar mais sensível ao açúcar, isso combinado a algumas medicações.
E, se estiver muito difícil, se nada disso estiver adiantando, a gente pode simplesmente pegar e injetar mais insulina (igual ao que a gente faz para a diabetes tipo 1).
E você pode até estranhar e falar: “poxa, já tem insulina aqui.
Por que a gente vai colocar mais insulina?” Como esses receptores estão pouco sensíveis, se a gente tiver mais insulina aqui, a gente pode conseguir absorver o mesmo tanto de insulina que a gente conseguiria se não tivesse o diabetes.
Portanto, mais insulina pode ajudar a conseguir fazer essas ligações que vão abrir os portões para que o açúcar entre na célula.
Então, recapitulando: a gente pode dar algum medicamento que pode ajudar com essa sensibilidade, né?
Tirando um pouco dessa insensibilidade, para que o açúcar seja absorvido.
Ou então colocar mais insulina para que, mesmo com pouca sensibilidade, tenha tanta insulina que a gente consiga obter a ligação.
Bom, uma última coisa que eu quero abordar aqui é o que acontece se a gente não fizer nenhuma dessas coisas para amenizar os efeitos do diabetes?
Bom, a primeira e a mais óbvia consequência é que a célula não vai absorver glicose e, sem glicose, ela não tem energia.
Então, sem energia, certo?
A sua célula não vai ter energia para fazer as suas funções básicas.
A segunda coisa que pode acontecer é que, se a célula não absorver a glicose, vai acumulando açúcar aqui.
Vai acumulando açúcar, açúcar, açúcar, glicose, glicose, glicose, e muito açúcar no sangue é prejudicial.
Esse açúcar em muita concentração pode ser danoso ao nosso corpo.
Então, vou colocar aqui que muito açúcar é prejudicial.
Portanto, precisamos tratar o diabetes porque a gente precisa da energia desse açúcar.
E porque, se o açúcar estiver muito concentrado no nosso corpo, isso pode ser prejudicial, pode ser danoso.
OK, pessoal? Então, até o próximo vídeo! Tchau, tchau.
Poderá ver o vídeo no youtube Aqui
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